[Ietf-lac] parâmetros IFF do Autokey do NTP distribuidos via DNSSEC

Antonio M. Moreiras moreiras at nic.br
Wed Aug 7 22:00:18 BRT 2013


Eu não tenho certeza sobre a utilidade, ou viabilidade, dessa proposta.
Mas pensei em fazer isso há algum tempo, e gostaria que vocês comentassem.

Alguns servidores NTP disponibilizam Autokey (RFC 5906). Resumidamente,
é uma tecnologia de segurança que pode ser usada opcionalmente pelos
clientes para garantir a autenticidade e integridade da informação
recebida dos servidores.

Pessoalmente, acredito que configurar diversas fontes NTP é o suficiente
para garantir o funcionamento correto de um cliente, e inviabilizar um
possível ataque. Também acho que não há muita motivação para alguém
atacar a estrutura NTP, havendo outros alvos mais fáceis e
interessantes. No entanto, nem todos pensam assim, e há quem ache o
Autokey algo útil e desejável. Então, diversos servidores públicos
oferecem essa possibilidade, inclusive os servidores que o NIC.br
administra, no Brasil.

Um dos passos para que o cliente configure a funcionalidade é que ele
recupere, com garantia de autenticidade e integridade, um arquivo
público contendo uma chave DSA no formato PEM. Uma forma de se fazer
isso é colocar essa informação num sítio https.

Ao invés de usar um sítio https, me parece que se poderia colocá-la no
DNS dos respectivos servidores e recuperá-la com garantia de
autenticidade e integridade usando o DNSSEC. Isso facilitaria,
potencialmente, a configuração automática do Autokey, desde que o
software cliente seja alterado. Talvez se possa usar o campo TXT no
formato especificado na RFC 1464 para armazenar a informação. Talvez
algum outro campo.

Embora eu não seja um forte defensor do Autokey, em si, acredito que
facilitar a configuração do NTP, em qualquer aspecto, pode ser benéfico,
de forma geral, e facilitar sua adoção.

Existem mais possibilidades de configuração do Autokey do que técnicas
de transição no IPv6 (para quem não entendeu a piada, são muitas, uma
quantidade exagerada e assustadora). Há muitas possibilidades de
definição de grupos seguros e esquemas de identificação. Não tenho muita
certeza se alguém além do David Mills entende todas essas diferentes
possibilidades. Eu certamente não as conheço totalmente. A proposta não
abrangeria todos os métodos. Apenas um subset, que escolhemos por
considerarmos operacionalmente mais prático para uso na Internet.

Alguém por aqui acha que isso seria útil?

[]s
Moreiras.



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